Maternidade e Capitalismo Consciente

Mãe, palavra doce, de fala fácil e imenso significado. Ficaríamos ricas se a cada “mãe”, uma moeda ganhássemos. Para os filhos, acredita-se que sabemos tudo. Ledo engano, só nasce uma mãe, quando nasce um filho.

Mesmo assim, antes de seu nascimento, somos preparadas para nossa grande estreia. Um enjoo aqui, um desconforto acolá, chupa limão e lambe gelo para não passar mal durante a aula e, quando chega sexta-feira, o happy-hour fica para depois, outro dia, outra hora.

Nasceu! O susto e o que fazer depois?

Cuida que a filha é tua! Mas o peito dói, racha, o sono que não cessa e a madrugada que não acaba. Troca fralda, dá de mamar, coloca para arrotar, troca a fralda de novo e vamos ver se, agora, dorme.

Nossa! Mas já é de manhã, tem aluno para responder, trabalho para corrigir e relatório para entregar. Vamos, você é profissional e sua vida tem que continuar no “pós-filho”.

Colocar na escolinha, mas vem junto as viroses, os resfriados e a febre. Será que compensa? É, mas sua filha tem que socializar, não pode viver em uma bolha.

Amanhã, tem excursão na fazendinha. O pai fala: “Não vai, pois ela está com febre”. A mãe: “Vai sim! Todas as crianças vão contar e ela vai ficar chateada, ficou contando os dias”.

Acorda cedo, faz inalação, dá o remédio e que Deus nos ajude… Sobe morro, desce morro, vê a vaquinha, tira foto no cavalinho, dá ração para o coelhinho. Duas horas de viagem para chegar em casa, o trânsito que não ajuda e a criança que vomita em você. Sem problemas, pelo menos ela aproveitou o dia.

Chega em casa, dá banho, toma banho, mas não acabou o dia. Amanhã, é dia daquela apresentação que você se preparou a semana inteira.

Pai, cuida que a filha é tua. Agora, tenho que estudar e finalizar a apresentação noite à dentro. No outro dia, acorda cedo, faz inalação. Que ótimo, graças à Deus, não está com febre! Filha, fica com o papai que a mamãe volta para almoçar com vocês. Ufa! No final, deu tudo certo.

Nasce, o segundo. Nossa, um menino, bem diferente, troca o dia pela noite!

Tudo bem, já estamos acostumadas. Mas tem que fazer aquele encerramento de curso super importante, bem na época da gripe suína, e você com um bebê de 4 meses. Não vou! Mas é importante. Vamos pedir socorro para a vovó.

Leva mala de roupa (de frio, de calor), para a segunda, terceira troca, fralda, babador. Chega cedo, pois o bebê e minha mãe precisavam estar acomodados.

Começam as apresentações dos trabalhos. Nossa, está indo tudo bem. O coordenador está feliz. Pausa para o café deles e da ‘mamadinha’ da tarde. Mamãe te ama, agora, fica com a vovó!

Mãe, amanhã vai ser o jogo de início do campeonato. Mas não era na quinta? Não, adiantou e você vai, né? Puxa vida! Tenho reunião agendada para o mesmo horário. Mas mãe, é minha estreia no time!!! Liga para a coordenadora, graças à Deus, é mulher, será que ela vai entender?

Ufa! Deu certo, mas nenhum aluno pode vir reclamar de você. Avise-os com antecedência sobre a troca. Escrevo e-mail, mensagem particular, notícia, aviso de fumaça e aviso sobre o imprevisto. Jamais que é sobre uma partida de futebol.

Que bom que você veio, o time perdeu de 6 e seu filho está arrasado. Só quer se enfiar no colo da mãe e chorar. Tudo bem, faz parte da vida. Não é fácil, mas os imprevistos nos fortalecem, nos ensinam e nos dão resiliência.

Muito obrigada meus filhos, Ana Beatriz e Miguel Bento, por me ensinarem tanto sobre amor incondicional, propósito maior, resiliência, orientação aos stakeholders (todos aqueles nos quais nos relacionamos), escuta ativa, liderança e cultura consciente. Mamãe ama vocês demais!

Parabéns a todas as mamães!

Abraços,

Mamãe Patrícia.

*Patrícia de Almeida é mãe, filha, esposa, amiga, professora-tutora da FGV Online e embaixadora do Capitalismo Consciente.

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