Chamado a todos os CEOs do planeta

Carta de Larry Fink aos CEOs 2021
Prezado CEO,

A BlackRock é fiduciária para com seus cientes, ajudando-os a investir para alcançar objetivos de longo prazo. A maior parte dos recursos que gerimos é dedicada à aposentadoria de pessoas e de beneficiários de fundos de pensões (abertos e fechados), como professores, médicos, empresários, entre outros. É o dinheiro deles que gerimos, não o nosso. A confiança que nossos clientes depositam em nós e nosso papel como elo entre os clientes e as empresas nas quais eles investem significam para nós uma imensa responsabilidade para atuar em seu nome e defender seus interesses.

Este é o motivo por que eu escrevo para vocês todos os anos, procurando destacar os temas que são fundamentais para a criação de valor de forma duradoura; temas como gestão de capital, estratégias de longo prazo, propósito e mudanças climáticas. Há muito, acreditamos que nossos clientes, na qualidade de acionistas de sua empresa, serão beneficiados se vocês conseguirem criar valor duradouro e sustentável para todos os seus stakeholders.
Comecei a escrever estas cartas na esteira da crise financeira de 2008. Mas ao longo do último ano, todos experimentamos algo ainda mais além: uma pandemia que englobou todo o planeta e o mudou permanentemente. Essa nova crise cobrou um preço terrível na vida das pessoas e transformou a maneira como vivemos – a maneira como trabalhamos, aprendemos, fazemos uso da medicina, e muito mais.

As consequências da pandemia têm sido altamente desiguais. Ela despertou a mais severa contração econômica global desde a Grande Depressão e a maior queda dos mercados de ações desde 1987. Enquanto alguns setores, particularmente aqueles que dependem da interação física entre pessoas, sofreram, outros têm conseguido florescer. E embora a recuperação do mercado de ações venha a calhar para o crescimento, enquanto a pandemia diminui seu impacto, o cenário atual continua sendo de devastação econômica, com desemprego significativamente elevado, pequenas empresas fechando diariamente e famílias ao redor do mundo sofrendo para pagar o aluguel e comprar comida.

A pandemia também acelerou tendências mais profundas, desde a crescente crise nos sistemas de aposentadoria até desigualdades sistêmicas. Passado alguns meses do ano de 2020, a pandemia colidiu com uma onda de protestos históricos por justiça racial nos Estados Unidos e ao redor do mundo. E, mais recentemente, ela exacerbou a turbulência política nos EUA. Neste mês, nos Estados Unidos, vimos alienação política – impulsionada por mentiras e oportunismo político – resultar em violência. Os eventos no Capitólio dos EUA representaram um duro lembrete de quão vulnerável e precioso um sistema democrático pode ser.

Apesar das trevas em que vivemos nos últimos 12 meses, tivemos sinais de esperança, incluindo as empresas que atuaram para servir seus stakeholders com coragem e convicção. Vimos negócios inovarem com rapidez, de forma a manter o fluxo de alimentos e bens de consumo durante as quarentenas. As empresas intensificaram seu apoio a organizações sem fins lucrativos que vêm prestando auxílio aos necessitados. Em um dos maiores triunfos da ciência moderna, múltiplas vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde. Muitas empresas também responderam ao clamor por igualdade racial, embora falte muito por fazer para honrar tais compromissos. Surpreendentemente, em meio a todas as perturbações vistas em 2020, as empresas andaram vigorosamente na direção de confrontar os riscos climáticos.

Acredito que a pandemia apresentou uma crise existencial de tal magnitude – um lembrete tão forte de nossa fragilidade – o que nos levou a confrontar a ameaça global das mudanças climáticas de maneira mais enfática e refletir como, a exemplo da pandemia, elas transformarão nossas vidas. Ela tmbém nos recordou como as maiores crises, sejam de natureza sanitária ou ambiental, demandam uma resposta global e ambiciosa.

No ano passado, as pessoas viram o impacto físico crescente da mudança climática, na forma de incêndios, secas, enchentes e furacões. Elas começaram a perceber o impacto financeiro direto, uma vez que as empresas de energia pegam bilhões de dólares em reversões de provisões sobre ativos que se tornaram irrecuperáveis e o foco das autoridades regulatórias sobre o risco climático no sistema financeiro global. Também estão cada vez mais focadas nas oportunidades econômicas significativas que a transição vai criar, além de como executar isso de uma maneira justa e equitativa. Nenhuma questão supera o risco climático na lista de prioridades de nossos clientes. Eles nos perguntam sobre isso quase todos os dias.

Um movimento de proporções tectônicas se acelera

Em janeiro do ano passado, escrevi dizendo que o risco climático era um risco de investimento. Disse na ocasião que, à medida que os mercados começassem a precificar o risco climático no valor dos títulos, isso daria início a uma realocação fundamental de capitais. Então, a pandemia veio e, em março, a convicção geral era de que a crise iria desviar as atenções das discussões sobre o clima. Mas aconteceu justamente o contrário, e a realocação de capitais se acelerou ainda mais do que eu havia previsto.
De janeiro a novembro de 2020, os investidores em fundos mútuos e ETFs investiram US$ 288 bilhões globalmente em ativos sustentáveis, um aumento de 96% em relação ao ano todo de 2019.1 Creio que este é o início de uma transição longa, mas que deve se acelerar rapidamente – uma que irá se desenrolar durante muitos anos e reconfigurar os preços dos ativos de todos os tipos. Sabemos que o risco climático é um risco de investimento. Mas também acreditamos que a transição climática representa uma oportunidade histórica de investimento.

Um elemento essencial para esta transição tem sido a crescente disponibilidade e acessibilidade das opções de investimento sustentáveis. Não faz muito tempo, a construção de um portfólio com consciência climática era um processo extremamente penoso, acessível apenas aos maiores investidores. Mas a criação de investimentos em índices sustentáveis permitiu uma massiva aceleração de capitais em direção às empresas melhor preparadas para endereçar o risco climático.

Hoje, estamos no limiar de outra transformação. Tecnologias e dados melhores estão permitindo aos gestores de recursos oferecer portfólios personalizados com índices para um grupo muito mais amplo de pessoas – outro recurso ora reservado aos grandes investidores. À medida que mais e mais investidores optem por direcionar seus investimentos a empresas focadas na sustentabilidade, isso vai acelerar ainda mais os movimentos tectônicos que estamos presenciando. E porque isso terá um impacto tão drástico na maneira como capitais são alocados, cada gestor e conselho de administração irá precisar considerar como isso impactará as ações da sua empresa.

De maneira simultânea às mudanças no comportamento dos investidores, vimos um ano histórico em matéria de políticas públicas em resposta às mudanças climáticas. Em 2020, a União Europeia, China, Japão e Coreia do Sul todos anunciaram compromissos históricos no sentido de alcançar a neutralidade em emissões de carbono. Com o compromisso dos EUA na semana passada para retornar ao Acordo de Paris, 127 governos – responsáveis por mais de 60% das emissões globais – estão considerando ou já implementando o compromisso de zerar as emissões líquidas. O momentum continua a crescer e, em 2021, vai se acelerar – com implicações substanciais para a economia global.

A oportunidade da transição para a neutralidade em carbono

Não há empresa cujo modelo de negócio não seja profundamente afetado pela transição para uma economia neutra em carbono – uma economia que não emite mais dióxido de carbono do que ela mesma remove da atmosfera até 2050. Este é o limite estabelecido cientificamente como o necessário para manter o aquecimento global abaixo de 2 °C. À medida que a transição se acelera, empresas com estratégias de longo prazo bem articuladas e um plano claro para abordar a transição para a neutralidade em carbono irão se destacar perante seus stakeholders – perante clientes, autoridades governamentais, colaboradores e acionistas – por inspirar a confiança de que elas conseguem navegar através desta transformação global. Mas as empresas que não estão se prepararando rapidamente verão seus negócios e suas precificações sofrerem, pois os mesmos stakeholders perderão a confiança de que essas empresas podem adaptar seus modelos de negócios às grandes transformações que estão a caminho.

É importante reconhecer que a neutralidade em carbono demanda uma transformação de toda a economia. Cientistas concordam que, para cumprir com a meta do Acordo de Paris de conter o aquecimento global “bem abaixo de 2 graus acima das médias pré-industriais” até 2100, as emissões produzidas por humanos precisam ser reduzidas de 8 a 10% anualmente entre 2020 e 2050 e alcançar a neutralidade ao até a metade do século. A economia de hoje permanece altamente dependente de combustíveis fósseis, como refletido na intensidade de carbono de grandes índices, como o S&P ou o MSCI World, que atualmente estão em trajetórias substancialmente acima de 3 °C.2

Isso significa que uma transição bem-sucedida – uma que seja justa, equitativa e que proteja a subsistência das pessoas – exigirá tanto inovação tecnológica quanto o planejamento ao longo de décadas. E isso somente pode ser alcançado com liderança, coordenação e apoio em todos os níveis de governo, trabalhando em parceria com o setor privado para maximizar a prosperidade. As comunidades vulneráveis e os países em desenvolvimento, muitos dos quais já expostos aos piores impactos físicos das mudanças climáticas, são os que menos podem suportar os choques econômicos de uma transição precariamente implementada. Devemos implementá-la de forma que produza as mudanças urgentes e necessárias sem agravar ainda mais esse ônus duplo.
Ainda que seja inevitavelmente complexa e difícil, esta transição é essencial para a construção de uma economia mais resiliente que beneficie mais pessoas. Estou muito otimista sobre o futuro do capitalismo e da saúde futura da economia; não apesar da transição energética, e sim, por causa dela.

É claro, os investidores não conseguem preparar seus portfólios para essa transição se não entenderem como cada uma das empresas está preparada, tanto para as ameaças físicas das mudanças climáticas quanto para a transição da economia global para a neutralidade em carbono. Eles pedem a gestores como a BlackRock para acelerar o crescimento denossas capacidades de coleta e análise de dados nessa área – e estamos comprometidos em atender às suas necessidades.

Por que os dados e as divulgações importam

A avaliação dos riscos de sustentabilidade exige que os investidores tenham acesso a informações públicas que sejam relevantes, consistentes e de alta qualidade. Foi por esse motivo que, no ano passado, pedimos a todas as empresas que emitissem relatórios em linha com as recomendações da Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (Task Force on Climate-related Financial Disclosures, TCFD) e o Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade (Sustainability Accounting Standards Board, SASB), que cobrem um conjunto mais amplo de fatores relevantes em sustentabilidade. Estamos muito encorajados com o progresso que vimos durante o último ano – um aumento de 363% em divulgações do SASB, sendo que mais de 1.700 organizações se comprometeram a reportar em linha com a TCFD. (A BlackRock emitiu nossos próprios relatórios inaugurais no ano passado).

Os relatórios da TCFD são o padrão global para ajudar os investidores a entenderem os riscos climáticos mais relevantes que as empresas enfrentam e como elas estão gerenciando esses riscos. Tendo em vista que a transição energética será um tema central para as perspectivas de crescimento de todas as empresas, estamos pedindo que elas divulguem um plano de como o seu modelo de negócios será compatível com uma economia neutra em carbono, ou seja, na qual o aquecimento global fique limitado bem abaixo de 2 °C, de acordo com as aspirações globais de zero emissões de gases do efeito estufa até 2050. Estamos pedindo que você divulgue como esse plano será integrado na sua estratégia de longo prazo e analisado pelo seu conselho de administração.

Sabemos que essa divulgação pode ser complicada e que a grande variedade de estruturas de relatórios cria uma complexidade adicional para as empresas. Nós recomendamos fortemente um único padrão global, que permitirá aos investidores tomar decisões mais informadas sobre como poderão alcançar retornos duráveis no longo prazo. Tendo em vista que melhores divulgações sobre sustentabilidade estão de acordo com os próprios interesses das empresas e dos investidores, incito as empresas a atuarem rapidamente para emiti-los, em vez de esperar que as autoridades regulatórias os exijam. Conforme o mundo avança para um padrão único, a BlackRock continua apoiando relatórios em linha com a TCFD e o SASB. Além disso, acredito que a TCFD não deveria ser adotada apenas pelas empresas de capital aberto. Se quisermos que esses relatórios sejam realmente eficazes, se quisermos ver uma autêntica mudança na sociedade, eles também devem ser adotados pelas grandes empresas de capital fechado.

Além disso, não são apenas as empresas que enfrentam riscos relacionados ao clima. Por exemplo, acreditamos que os emissores de dívida pública também deveriam divulgar como estão abordando os riscos climáticos. No entanto, a medição e a divulgação não são os únicos desafios. Os governos ao redor do mundo, sob severa pressão fiscal decorrente da pandemia, também devem implementar projetos massivos de infraestrutura climática, tanto para proteção contra os riscos físicos quanto para entregar energia limpa. Esses desafios vão exigir uma parceria entre os setores público e privado criativa para financiá-los, bem como melhores divulgações de informação para atrair capitais.

Compromisso da BlackRock para o “Zero Líquido”

O mundo está avançando para a neutralidade em carbono, e a BlackRock acredita que nossos clientes serão melhor servidos caso nos mantenhamos na dianteira dessa transição. Hoje, nossas próprias operações são neutras em carbono, e estamos comprometidos em apoiar a meta de atingir o zero emissões líquidas em emissões de gases do efeito estufa até 2050 ou antes. Nenhuma empresa pode facilmente planejar mais de trinta anos, mas acreditamos que todas as empresas – incluindo a BlackRock – devem começar a abordar a transição para o zero líquido hoje. Estamos tomando uma série de medidas para ajudar os investidores a preparar seus portfólios para um mundo zero líquido, incluindo o aproveitamento de oportunidades criadas pela transição até o zero líquido.

Estamos detalhando essas medidas em que enviamos hoje aos nossos clientes. Elas incluem: a publicação de uma métrica de alinhamento de temperatura para nossos fundos abertos de ações e títulos de dívida, onde haja dados suficientes disponíveis; incorporação de considerações climáticas às nossas premissas de mercados de capitais; implementação de um “modelo de escrutínio de alto grau” em relação aos nossos portfólios ativos como uma ferramenta para a gestão de carteiras que ofereçam riscos climáticos significativos (incluindo a sinalização de posições para uma possível saída); lançamento de novos produtos de investimento com metas de alinhamento de temperatura explícitas, incluindo produtos alinhados com a trajetória rumo à neutralidade em carbono; e uso da gestão para garantir que as empresas nas quais nossos clientes investem estão mitigando os riscos climáticos e considerando as oportunidades apresentadas pela transição para a neutralidade em carbono.

A sustentabilidade e as conexões mais profundas com os stakeholders geram melhores retornos

Em 2018, escrevi exortando todas as empresas a articularem seus propósitos e como isso beneficia todos os stakeholders, incluindo acionistas, colaboradores, clientes e as comunidades onde operam. Ao longo de 2020, vimos como as empresas com propósito, com melhor perfil ambiental, social e de governança (ASG, ou ESG em inglês), tiveram desempenho superior aos seus pares. Durante 2020, 81% de uma seleção global representativa de índices sustentáveis tiveram um desempenho acima do esperado em relação aos índices de referência originários.3 Esse desempenho superior foi ainda mais pronunciado durante as quedas do primeiro trimestre, outro exemplo de resiliência dos fundos sustentáveis que observamos em períodos de retração no passado.4 E o amplo leque de opções de investimento sustentável continuará a impulsionar o interesse dos investidores nestes fundos, como vimos durante 2020.

No entanto, a história vai ainda mais fundo. Não se trata apenas dos índices ESG terem desempenho superior às suas contrapartes. Trata-se de que, dentro dos setores – desde o setor automotivo até o financeiro, passando por empresas de petróleo e gás – estamos testemunhando mais uma divergência: empresas com melhor perfil ESG estão tendo desempenho acima de seus pares, obtendo com isso um “prêmio desustentabilidade”.5

Está claro que estar conectada com os stakeholders – estabelecendo uma relação de confiança com eles e agindo com propósito – permite à empresa entender e responder às mudanças que estão acontecendo no mundo. Empresas ignoram seus stakeholders por sua própria conta e risco – aquelas que não forem merecedoras desta confiança terão mais e mais dificuldades para atrair consumidores e talentos, especialmente na medida em que os jovens cada vez mais esperem que empresas espelhem e compartilhem de seus valores. Quanto mais a sua empresa puder demonstrar seu propósito em entregar valor aos seus clientes, seus colaboradores e suas comunidades, melhor será sua capacidade de competir e entregar lucros duradouros, de longo prazo, para os acionistas.

Não consigo recordar um momento que tenha sido mais importante para as empresas responderem às necessidades de seus stakeholders. Estamos em um momento de de tremenda dor econômica. Também estamos diante de uma encruzilhada histórica no caminho em direção à justiça racial – uma que não poderá ser resolvida sem a liderança das empresas. Uma empresa que não procure se beneficiar de todo o espectro do talento humano é mais fraca por isso – tem menos chance de contratar os melhores talentos, estaria em piores condições para atender às necessidades de seus clientes e comunidades onde operam, e também com menor possibilidade de conseguir um desempenho superior no mercado.

Embora temas como raça e etnia variem enormemente ao redor do mundo, esperamos que as empresas em todos os países tenham uma estratégia de talentos que permita aproveitar o conjunto mais completo de talentos possível. Conforme emitirem seus relatórios de sustentabilidade, pedimos que as suas notas sobre a estratégia de talentos reflitam, de forma integral, seus planos de longo prazo para melhorar a diversidade, equidade e inclusão, conforme o caso de cada região. Nós nos comprometemos com esses mesmos padrões.

Questões de justiça racial, desigualdade econômica ou engajamento comunitário são geralmente classificadas como um tema “S” em conversas sobre ESG. Porém, seria precipitado definir tão claramente as fronteiras entre essas categorias. Por exemplo, as mudanças climáticas já provocam um impacto desproporcional nas comunidades carentes ao redor do mundo. Isso seria um problema E (ambiental) ou S? O que realmente importa não é a categoria em que classificamos essas questões, e sim as informações que temos para entendê-las e como elas interagem entre si. Dados e divulgações melhorados vão nos ajudar a entender melhor a profunda interdependência entre os temas ambientais e sociais.

Eu sou uma pessoa otimista. Estou vendo como muitas empresas estão levando a sério esses desafios – como estão abraçando as demandas por maior transparência, maior responsabilidade perante os stakeholders e melhor preparação para as mudanças climáticas. Estou muito animado com o que tenho visto nas empresas. E agora, os líderes empresariais e conselhos de administração terão que demonstrar grande coragem e compromisso para com seus stakeholders. Precisamos nos mover ainda mais rapidamente – para gerar mais emprego, mais prosperidade e maior inclusão. Tenho uma enorme confiança na capacidade das empresas de nos ajudar a sair desta crise e construir um capitalismo mais inclusivo.

Até 2020, as vacinas geralmente levavam entre 10 e 15 anos para serem desenvolvidas. A mais rápida de todos os tempos tinha sido a da caxumba – seu desenvolvimento levou quatro anos. Hoje, temos múltiplas companhias de diferentes partes do globo entregando vacinas que elas desenvolveram em menos de um ano. Elas estão demonstrando o poder das empresas – o poder do capitalismo – para responder às necessidades da humanidade. À medida que conseguirmos deixar a pandemia para trás, enfrentando tremenda dor econômica e desigualdade, precisamos que as empresas adotem uma forma de capitalismo que reconheça e sirva a todos os seus stakeholders.

A vacina é o primeiro passo. O mundo ainda está em crise e continuará assim por um bom tempo. Temos um grande desafio à frente. As empresas que o encararem – que busquem criar valor de longo prazo para seus stakeholders – vão ajudar a entregar os retornos de longo prazo aos seus acionistas e construir um futuro mais brilhante e próspero para o mundo.
Atenciosamente,

Laurence D. FinkChairman e CEO
Laurence D. Fink é fundador, Chairman e CEO da BlackRock, Inc
REPRODUÇÃO

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